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Saiba como iniciar a criação de camarões em cativeiro

A carcinicultura – técnica específica de criação de camarões – é uma das áreas da aquicultura que mais crescem no Brasil, tendo representatividade em várias regiões do Brasil, devido ao elevado valor comercial destes produtos na alimentação humana e por sua geração de emprego e renda.

Devido à sua popularização, maior controle dos fatores de desenvolvimento deste crustáceo (como qualidade da água, temperatura e exposição à luz, alimentação) são continuamente controlados. Com isso, o resultado final será um crustáceo de melhor qualidade para consumo e, logo, preço no mercado

Quer saber mais sobre a criação de camarão de água doce em cativeiro? Então confira este post. Nele explicaremos 4 pontos importantes que você precisa ter maior atenção. Confira!

 

1. Viveiro: Dez camarões por m²

A criação de camarões em água doce é realizada em viveiros, que são espécies de tanques escavados em terreno natural, de preferência em sítios e chácaras. Para melhor eficiência, o terreno deve ser plano e com solo argiloso.

O ideal é que os tanques tenham uma área de 250 a 5.000m² e uma profundidade que varia entre 0,9 a 1,3 m. Também é importante considerar que o cultivo indicado é de dez camarões por metro quadrado.

 

2. Camarão Malásia: O mais comum para cultivo em viveiro

No Brasil, a espécie mais comum para criação em cativeiro e com objetivo comercial é o camarão da Malásia (Macrobrachium rosenbergii), que tem origem asiática e é uma atividade comprovadamente lucrativa, com mercado e condições propícias no Brasil.

São também conhecidos por ter uma bela aparência, possuindo carne branca e sem odor forte (relativamente comum nos camarões de água salgada). Além disso, essa espécie apresenta consistência firme, semelhante à lagosta marinha.

Esse tipo de crustáceo tem por característica atingir grande porte, podendo chegar a 32 cm de comprimento e a 500g de peso. Em apenas cerca de seis meses a despesca dessa espécie já pode ser feita, tornando-a ideal para a carcinicultura, principalmente pela rapidez em ganhar peso.

Para criações destinadas à engorda, o recomendado é adquirir o animal em fase pós-larval, assim a estrutura necessária é menor e a técnica torna-se mais simples.

 

3. Qualidade da água: fatores importantes precisam ser considerados

A qualidade da água é outro ponto que precisa de muitos cuidados por parte do criador. É essencial ter boa disponibilidade de água corrente de qualidade, com um pH que deve estar sempre entre 7 e 9.

O ambiente não pode ter inverno rigoroso, passando por temperaturas baixas. Para a criação do Camarão da Malásia, a água deve estar sempre acima de 20ºC. A temperatura ideal, em geral, é entre 28 e 30ºC.

Devido à sua importância, o correto é acompanhar a qualidade do ambiente com instrumentos de análise de água, como:

              • Termômetro: Mede a temperatura da água, garantindo a sobrevivência dos animais;
              • Oxímetro: Mede o oxigênio dissolvido da água;
              • PHmetro, Ajuda no controle do pH da água do cultivo;
              • Disco de Secchi: Realiza o controle da transparência da água;
              • Redes de pesca, tarrafas e rede protetora.

 

4. Alimentação: Artificial em todas as etapas

Os camarões se alimentam de todo tipo de alimento, porém em cativeiro, o recomendado é que eles recebam alimentação artificial em todas as fases. Assim, o alimento será oferecido em forma de rações balanceadas e bastante nutritivas.

A quantidade de ração a ser administrada diariamente depende da biomassa total do viveiro. Essa biomassa é calculada multiplicando-se o peso médio pelo número de sobreviventes.

O controle da quantidade de ração é outro ponto muito importante. A falta de alimento prejudica o crescimento dos animais, já o excesso eleva os custos e contribui para a proliferação de organismos decompositores, provocando o aumento do teor de amônia e a redução do teor de oxigênio dissolvido na água, fatores que reduzem a qualidade da água.

A recomendação é realizar um manejo alimentar fracionado, onde os camarões serão alimentados de duas a três vezes ao dia. Por isso, utilizar um alimentador automático para peixes será uma ótima opção para otimizar o sistema de produção como um todo, aumentando a eficiência, reduzindo o desperdício e trazendo maior eficiência para a mão de obra.

No Brasil, a ração utilizada para os camarões de água doce é a mesma que ração crustáceos de água salgada. Também é indicado que se tenha um funcionário para a manutenção do cultivo garantindo, assim, um processo bem feito, que vai resultar na maior qualidade do produto.

 

 

Lembre-se: é sempre importante contar com os alimentadores automáticos Nuter em seu sistema de criação de camarões. Sua produtividade atingirá um novo patamar.

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