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Biometria em peixes: Veja sua importância e saiba como fazer

O sucesso de qualquer projeto relacionado à piscicultura depende de diversos fatores, manejos e decisões que precisam ser tomadas diariamente. Entre elas está a biometria em peixes, que é um processo que levanta informações sobre o desenvolvimento do ciclo de produção, facilitando as escolhas que melhoram o desempenho das criações.

Considerado um procedimento relativamente simples, rápido, barato e extremamente eficiente, a biometria vem sendo uma prática cada vez mais comum na piscicultura. Apesar disso, ainda são muitos os criadores que têm dúvidas sobre a real necessidade da sua realização, bem como seus benefícios e a forma correta para realizar tal procedimento.

Pensando nisso, veja a seguir algumas informações sobre a biometria em peixes, desde a importância da prática, até como realizá-la com eficiência.

 

Biometria em peixes: Qual é o conceito dessa prática?

O termo biometria vem de“bio = vida” e “metria = medida”. Esse termo pode ser entendido como a ciência que mede os seres vivos.

Na piscicultura, a biometria é a base científica para o uso dos dados sobre os parâmetros métricos para estudar estatisticamente as características físicas que indicam o desenvolvimento dos peixes em uma dada unidade de produção.

Essa prática é feita com o objetivo de identificar problemas no desenvolvimento dos animais, com foco quase que exclusivo na alimentação, ou seja, a taxa de arraçoamento versus o ganho de peso.

Com os resultados da biometria será possível realizar modificações que melhoram o desenvolvimento da criação e, consequentemente, geram resultados econômicos mais positivos para os proprietários da piscicultura.

O procedimento é feito por meio de amostragem e consiste na pesagem dos animais, calculando a biomassa total presente no tanque. Com esse valor, há a possibilidade de consultar as tabelas fornecidas pelos produtores de ração, avaliando se é preciso ou não alterar as quantidades fornecidas para atingir o melhor desenvolvimento de suas espécies.

Para facilitar ainda mais o manejo baseado na biometria, a utilização de um alimentador automático para peixes – caso do Nuter Mini – torna-se fundamental, pois ajudará a otimizar o arraçoamento, reduzindo o desperdício e tornando o tanque/viveiro mais homogêneo.

 

A Biometria reduz os riscos associados à piscicultura

A realização da biometria em peixes é fundamental para reduzir os riscos associados à prática de piscicultura, pois permite que o criador acompanhe o desenvolvimento dos peixes, identificando se há algo de errado antes do problema gerar danos econômicos.

Essa prática também ajuda a otimizar o crescimento dos peixes, garantindo quantidades de ração ideais, sempre de acordo com as condições observadas em cada um dos tanques ou viveiros de produção.

Como resultado, os peixes apresentarão boas características, além de qualidades desejadas pelo mercado consumidor, favorecendo o aumento do seu valor comercial e consequentemente trazendo mais lucro à atividade.

 

Frequência que a biometria em peixes deve ser feita

Seguindo as recomendações da EMBRAPA (https://ainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/item/93125/1/Biometria.pdf), a biometria é uma prática que deve ser realizada a cada 15 dias ou, pelo menos, uma vez ao mês. Esse período torna-se ideal para que seja possível avaliar mudanças entre um procedimento e outro, em termos de alteração na alimentação dos animais.

Intervalos maiores não são recomendados visto que o crescimento dos animais pode sofrer alguma deficiência, uma vez que a adequação do arraçoamento não foi feita como deveria, nem em seu tempo devido.

A definição do momento dessa prática também é importante. Como forma de reduzir o estresse nos animais é indicado quea realização da captura e pesagem seja feita nas primeiras horas do dia e sempre antes do primeiro trato.

 

Cálculos e análises

Assim que é finalizada todo o manuseio, coleta e pesagem chega o momento de avaliar os dados coletados. O primeiro passo é calcular o peso da amostra, usando:

 

Peso da amostra = (peso da sacola de pesagem úmida e peixes) – (TARA)

Em seguida é preciso calcular o peso médio individual dos peixes da amostra. Para isso, devemos utilizar:

 

Peso médio individual = peso da amostra / número de peixes amostrados

Com esse valor, é possível determinar a biomassa total dentro do tanque amostrado, para isso é utilizada a seguinte fórmula:

 

Biomassa total = peso médio individual x número de peixes vivos estocados no tanque ou viveiro*

*É importante descontar os peixes mortos observados ao longo do ciclo de produção, em cada tanque ou viveiro amostrado, para chegar a valores mais precisos de biomassa.

 

 

Após esses cálculos, o próximo passo é verificar as tabelas de referência para assim realizar os ajustes necessários na quantidade de alimentação dos animais, levando-se em consideração os parâmetros indicativos da qualidade da água dos tanques e viveiros analisados. Também é possível verificar como está o progresso da atividade, caso do ganho de peso entre um período e o outro.

Nesse manejo também é possível analisar as características físicas dos animais, como alterações em sua coloração, presença de ectoparasitas, sintomas de doenças e enfermidades e/ou machucados que podem indicar problemas, como superlotação ou baixa densidade, qualidade da água e qualidade do alimento.

Gostou? Então continue acompanhando nosso blog e saiba tudo sobre a alimentação de peixes.

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