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Veja 3 diferenças entre a criação de peixes de água doce e água salgada

A aquicultura é uma atividade que cresce rapidamente no Brasil, englobando o cultivo de organismos tanto de água doce quanto de água salgada. Ao somar a produção desses dois ambientes, um relatório da FAO indicou que em 2016 foram produzidas pela indústria aquícola mundial cerca de 110,2 milhões de toneladas, e o Brasil vem tendo uma participação cada vez maior nesse volume.

Baseado nesses resultados, a decisão de criar peixes pode ser muito lucrativa para criadores de nosso país. Entretanto é preciso conhecer exatamente como funciona o manejo das espécies em água doce e em água salgada, bem como as particularidades de cada um desses ambientes.

Veja neste texto as particularidades destes sistemas de cultivo e 3 principais diferenças na aquicultura realizada em água doce e em água salgada.

 

Aquicultura de água doce x Aquicultura de água salgada

Antes de definirmos as principais diferenças entre cada um desses sistemas é preciso entender como ocorre cada um desses tipos de criação.

A aquicultura em água doce pode ser praticada de algumas formas: em viveiros escavados no solo, em tanques-rede, em sistemas de recirculação de água, em sistema de bioflocos bacterianos ou em estufa (principalmente para peixes ornamentais). No Brasil, os sistemas de cultivo mais utilizados no Brasil são aqueles realizados em viveiros escavados e em tanques-rede.

Já em água salgada, o cultivo normalmente é feito em tanques-rede, no caso da piscicultura marinha. As estruturas para criação de ostras e mexilhões também são instaladas diretamente no ambiente marinho.

Visto isso, é hora de vermos as principais diferenças entre a aquicultura de água doce e a aquicultura de água salgada.

 

1. Fisiologia dos peixes

Há variadas diferenças na aquicultura realizada em ambientes de água doce e água salgada. A primeira diferença observada tem relação com a questão fisiológica de cada grupo de peixes.

Os peixes de água doce são considerados hiperosmóticos, ou seja, possuem uma concentração de sais no corpo maior do que a do meio.

Com isso, a tendência é de que ganhem água pelo processo de osmose, em que a água vai do meio menos concentrado para o mais concentrado. Para evitar que fiquem inchados de tanto ganhar água, os peixes de água doce tendem a produzir uma urina altamente diluída e em maior quantidade.

Já os peixes de água salgada possuem uma concentração de sais interna menor do que a do meio, sendo considerados hiposmóticos. Nesse caso, a estratégia para que não percam tanta água pelo processo de osmose é beber muita água e eliminar o excesso de sais na urina – que é pouca, mas altamente concentrada – e também por meio da eliminação de alguns sais via brânquias.

 

2. Equilíbrio físico-químico dos peixes

Há também algumas diferenças físico-químicas entre os peixes de água doce e de água salgada.

A toxicidade de alguns compostos, como amônia, nitrito e nitrato é uma das diferenças mais importantes. Esses compostos nitrogenados são mais tóxicos em água doce, ou seja, a mesma concentração de amônia, por exemplo, causa maiores danos aos animais quando em ambiente de água doce quando comparado aos ambientes de água salgada.

Em salinidade 35, por exemplo, a concentração de amônia total que mata 50% da população de camarões da espécie Litopenaeus vannamei é por volta de 39 mg/L. Já para salinidade 15 o valor da amônia é reduzido para 24 mg/L. Ainda nesse sentido temos uma menor solubilidade do oxigênio em água salgada.

 

3. Tamanho e qualidade da carne

Além das diferenças fisiológicas e físico-químicas é possível também observar diferenças quanto ao tamanho dos peixes.

Em resumo, os peixes de água doce são menores e possuem maior concentração de líquidos em seu corpo. Isto porque absorvem mais água do meio. Por essa característica, a carne de peixes de água doce é mais gordurosa e, muitas vezes, tem um sabor de “terra” mais acentuado.

Os peixes de água salgada por sua vez são maiores, mais ativos e coloridos. O alto teor de sais na água do mar leva a uma menor concentração de água no corpo, o que também influencia diretamente a sua fisiologia. Por este motivo, o peixe do mar é naturalmente mais salgado, embora a carne seja mais leve que a do peixe de água doce.

No mar existem, ainda, os peixes de água quente, com carne mais mole; e os peixes de água fria, com a carne mais dura e gordurosa, como é o caso do salmão e do atum.

 

Brasil: vocação para a aquicultura em água doce e água salgada

A possibilidade de criar espécies marinhas (água salgada) e de água doce favorece a atuação do Brasil em diferentes nichos dentro do mercado da aquicultura. Há países que possuem vocação para aquicultura marinha, não apresentando aptidão para aquicultura em água doce e vice-versa.

Já o Brasil é privilegiado, já que possui cerca de 12% de toda água doce do planeta e mais de 8.000 Km de litoral, tornando-o grande promessa para os próximos anos como produtor de proteína animal proveniente da aquicultura, seja ela de água doce ou marinha.

Mas, para alcançar o sucesso, a adoção da tecnologia torna-se fundamental, principalmente para contribuir com a melhora da produtividade. Um exemplo dessa tecnologia é o uso de alimentadores automático para peixes e outros animais aquáticos de produção.

Além de otimizar o trabalho da mão de obra, os alimentadores automáticos proporcionam uma alimentação mais homogênea dos animais, melhorando a uniformidade tanto de animais de água doce quanto marinhos.

Os alimentadores automáticos se tornam ainda mais importantes pelo fato de poderem ser pré-programados para liberar a ração quantas vezes forem desejadas, sempre no mesmo horário e na quantidade desejada, evitando desperdício e aumentando a produtividade.

 

 

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